Transformação ágil: entenda por que esta metodologia está em alta!

Entrevista concedida ao site www.it4cio.com no dia 11/07/2017

Conceito conhecido por adotar metodologias assertivas para o desenvolvimento de um produto, a transformação ágil está dentro de várias áreas, como Marketing, Finanças, TI, Recursos Humanos, entre outras. Com o potencial de aumentar consideravelmente um negócio, 70% das organizações no mundo estão usando algum tipo de processo ágil segundo pesquisas,a fim de garantir clientes satisfeitos, além da boa reputação entre as empresas. As metodologias ágeis são voltadas exatamente em quebrar velhos conceitos em busca de uma nova cultura dentro de uma companhia.
 

O papel do consultor

Cada consultor costuma aplicar um método específico dentro de uma companhia, em que muitas vezes se baseia em treinamento seguido de um coaching. Com isso, através de um plano inicial, até podemos dizer customizado, inicia-se à implementação, da qual faz parte avaliação, implantação e sustentação. Estas transformações podem ser alavancadas através de modernização de infraestrutura, automatização da entrega de serviços e, enfim, transformar pessoas e processos.

Para a especialista Annelise Gripp, consultora há 8 anos na área, a agilidade faz com que o seu produto seja entregue com mais qualidade, recorrência, diminuindo o número de reclamações e solicitações em longo prazo. O processo baseia-se no ensino-aprendizado (inspeção, adaptação e transparência), tanto para os funcionários da empresa quanto para os clientes. Logo, é um método que não segue uma bula, “é construído pelos profissionais a um prazo mínimo de 3 meses. Antes disso, corre-se o risco de fazer entregas sem qualidade, o que pode impactar nos produtos e nos clientes. Vale a pena fazer a transformação ágil, mas tem que ter em mente que não é só um método que vai melhorar a TI, e sim impactar ambiente, funcionários, processos, produtos e clientes”, explica a especialista.

Transformação x adoção

Quando pensamos na metodologia ágil, como o próprio nome diz, o tema ressalta a importância de se pensar em “transformação” e não exclusivamente em “adoção”. Quando as empresas restringem o Agile à mera implantação de processos dentro da rotina de trabalho, corre-se o risco de colocar em xeque a própria eficácia deste processo. No livro: Transformação ágil – um guia de sobrevivência, o autor Michel Sahota esclarece como as diversas culturas empresariais requerem abordagens distintas, a fim de aumentar a possibilidade de sucesso de um framework ágil. O autor divide a cultura em 4 modelos: de colaboração; de controle; de cultivo e de competência. Com isso, para cada caso ele indica uma abordagem, como também transformação de equipe; lideranças; prioridades ou até mesmo um novo formato do ambiente de trabalho.

Em suma, as empresas que optam por estas mudanças costumam incorporar uma postura mais jovem, menos hierárquica, com ambientes de interação e compartilhamento com estímulos à criatividade, além da abertura para novas ideias.

Dificuldades para adaptação nas companhias

Para a especialista em transformação ágil, as dificuldades aparecem na formação dos times para atender produtos, na integração de ferramentas novas e antigas, nos conflitos nos processos e fluxos já existentes com os novos. Além disso, ela explica que a integração entre as demais áreas da empresa, desempenho de papéis em vez de cargos, documentações que realmente são necessárias, formação de ambientes mais colaborativos e flexíveis, como também a autonomia para os funcionários, acaba sendo também alguns dos empecilhos. “A dificuldade maior está na mudança de mindset e comportamento das pessoas, pois elas já estão condicionadas a uma rotina de trabalho que, na maioria das vezes, é feita por comando e controle. A agilidade faz com que as pessoas se comprometam com tudo que fazem e respondam por seus atos. Precisam pensar em colaboração e fazer entregas coletivas numa recorrência de tempo. Portanto, metodologia ágil é uma transformação pela busca de melhoria continua”.

Futuro

Quando pensamos no futuro, o que se esperar destas transformações? Este processo se baseia, acima de tudo, em pessoas. Sendo assim, o investimento é voltado a elas, é necessário um ambiente de cultura organizacional. Mais adiante, poderemos dizer que não teremos uma metodologia para se aplicar. Segundo Annelise, o que e como iremos desenvolver será ditado pelos produtos a serem construídos. “Os processos serão enxutos, rápidos e dinâmicos. Ou seja, vou documentar o que for necessário, ter profissionais qualificados no conhecimento que preciso para construir e entregar com qualidade, investir no produto de acordo com o feedback do cliente, usar as ferramentas que suportem tais produtos sem ter padrões que engessem e aumentem o trabalho”. Com isso, podemos dizer que teremos um processo com menos desperdício de tempo, custo e esforço, como também mais fluido.

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